Mana Gollo – A fotógrafa da nova geração

Sabe aquela pessoa que você admira o trabalho e se pergunta por que é tão especial? O que tem de diferente no trabalho dela? A Mana é assim. Quando você a conhece, entende porque as fotos dela tem esse olhar tão especial.

A Mana tem 25 anos, é formada em biologia, ama a natureza e se apaixonou pela fotografia. Fez o seu primeiro curso aos 17 anos, mas desde os 10 anos já tinha uma câmera de brinquedo e a vontade de fotografar. Tem duas outras paixões: viagens e trabalho voluntário. (Lembram o que falei sobre pessoas inspiradoras?!). Aquariana e dedicada, com certeza é a fotógrafa da nova geração.

Ao longo dos anos, se dedicou a fotografia documental. É assim que se define: fotógrafa documental e de lifestyle.

Fez viagens para realizar trabalho voluntário em comunidades e registrou tudo (espero que se torne livro um dia!), e essa vivência influencia totalmente o trabalho que ela realiza hoje. Ah, ela conta que sempre teve o apoio incondicional dos pais em toda a sua jornada e que isso foi muito importante.

E você deve estar se perguntando: mas como caiu de paraquedas na fotografia de casamento? Como eu, a Mana acredita no amor. Ela diz que nem imaginou que fotografaria casamentos, porque achava que não conseguiria fazer um projeto documental nessa área. Mas sempre se faz a seguinte pergunta: “Se eu tivesse tentado, eu teria sido feliz?’’ Foi essa pergunta que a fez começar na fotografia e, mais tarde, também apostar nos ensaios e festas.

E ela resolveu tentar. Se empenhou em levar para a fotografia de casamento o conceito da fotografia documental, porque é isso que ela faz, documenta o que está sentindo. E percebeu que conseguiria sim interpretar o casamento como um projeto documental, com o estilo dela e que as pessoas se identificariam com isso.

Mas para isso, ela precisa criar um vínculo com as pessoas que fotografa. Quando você contrata um fotógrafo, você está contratando principalmente o olhar daquela pessoa sobre aquele momento que você quer registrar. Conversando com a Mana, ela conta o quanto acredita em empatia, energia e como ela precisa criar uma amizade com os noivos para que as fotos sejam especiais.

Trabalhando nessa nova área há dois anos, hoje ela é especializada em casamentos de dia, casamentos ao ar livre e destination wedding. E faz os ensaios mais lindos de todos! De casal, de família, de futuras mamães, de amigas, pessoal… Um dos diferenciais do seu trabalho é a rapidez na edição. Ela entrega 10 fotos para os noivos no dia seguinte e todas as fotos na volta da lua de mel. E o mais interessante, sabe por que ela edita as fotos tão rápido? Por que acredita que precisa fazer a edição enquanto ainda está na “vibe” do casamento. Sentindo a energia e vibração daquele momento.

Ela acredita que para o seu trabalho valer a pena, tem que acrescentar na vida das pessoas. Faz ensaios lindíssimos e conta que se empenha bastante para ter o resultado que espera: busca lugares lindos, perto da natureza, viaja, vai atrás do cenário ideal.

“Muitas pessoas me perguntam que câmera eu uso e pedem dicas de fotografia. Saber a técnica e ter um bom equipamento é claro que ajuda a sua fotografia a ter mais qualidade, mas a minha dica é, se você quer melhorar o seu olhar e ter mais inspirações invista em você, vá atrás de experiências, conviva com pessoas que te fazem bem. As pessoas com quem convivemos nos influenciam muito mais do que imaginamos. Viaje, e não venha com a desculpa de que para viajar precisa de dinheiro, porque você pode viajar ao abrir um livro. Saia na rua com a sua câmera e converse com as pessoas, isso quebra barreiras. Você nunca vai conseguir retratar uma pessoa como ela é sem saber pelo menos um pouco da sua vida. Esteja mais em contato com a natureza, é a energia mais inspiradora que existe. A nossa fotografia é o que somos, o que vivemos, o que pensamos. Perguntar para um fotógrafo que câmera ele usa é a mesma coisa que perguntar a um cozinheiro em qual fogão ele cozinha. É apenas um detalhe. Por isso o meu conselho, do fundo do coração, é: técnica se aprende, mas o mais importante vem de dentro”.

Tem como não amar?

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